quarta-feira, 11 de novembro de 2009

NX mantém a formula

-É hoje, quase sem contestação, a banda de maior apelo adolescente no rock nacional. E por conta de tamanha idolatria – e histeria – seria equívoco imaginar que o quinteto paulistano mudaria a fórmula que tem rendido vendagens e shows lotados.

Por conta disso, Sete Chaves, seu novo álbum, tem a capacidade de não causar nenhuma surpresa – como poderia fazer supor a rápida vinheta Vertigem, que abre o álbum. Como em 90% dos trabalhos produzidos por Rick Bonadio e sua companhia, a Arsenal, o disco tem peso, guitarras urgentes e é feito para agradar as massas.

Só Rezo foi escrita após visita do vocalista Di Ferrero ao Complexo do Alemão – o conjunto de favelas do Rio de Janeiro. “Só Deus sabe o quanto corri / E o que fiz para chegar até aqui”, canta entre versos inconformistas.

Mais calminha, Espero Minha Vez está tocando nas rádios, com uma letra em tom mais confessional. “O suor e o cansaço fazem parte dos meus passos / O que nunca esqueci é de onde vim”, lembra Di. Há também violões e pianos, como na balada Mais Além, e momentos de urgência como Vício, como guitarras remetendo ao saudoso Rage Against the Machine.

Há algumas curiosidades, como as vinhetinhas entre faixas. A dúvida é saber se o NX Zero gostaria de partir para algo diferente, ou se está mesmo confortável nesse padrão do Emo brasileiro. Ao que parece, está mais para a segunda alternativa. (R.M.)

Sete Chaves, NX Zero (Arsenal/Universal). 14 faixas, R$ 24,90.

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