O show vazio tem seu motivo: a primeira data anunciada em São Paulo foi para o show do próximo sábado (27). Com ingressos esgotados, foi aberta mais uma data na capital paulista, confirmada poucas semanas antes.
Isso não fez lá tanta diferente para os quinteto norte-americano, que ganhou fama no Brasil graças a intensa divulgação da banda Fresno, que abrirá os shows em Fortaleza (26), novamente em São Paulo (27) e no Rio de Janeiro (28). As bandas irão realizar alguma parceria ainda não revelada nos shows.
Por volta das 21h30, o quinteto subiu algo e abriu a noite com Cities, para a plateia que contava com muitos famosos. Além dos já citados integrantes da Fresno - com Lucas Silveira e Rodrigo Tavares, disputando espaço com os outros fãs na frente do palco - músicos do Hateen e Nx Zero também apareceram para prestigiar o show.
O show continuou com The Resistance e A Whisper & A Clamour. Os roadies da banda passavam de um lado para o outro, em uma rapidez incrível, realizando pequenos ajustes palco. A decoração do show contou com seis telões - cinco atrás do grupo e um na lateral, com a capa do mais recente disco, New Surrender, lançado em 2008 nos EUA e este mês no país. O grupo parou as gravações do álbum sucessor para realizar a turnê brasileira.
A apresentação seguiu somente com músicas dos dois últimos álbuns do grupo. Em Dissapear o vocalista Stephen começou a sentir o calor na casa - no começo o no final da música, ele recorreu a uma toalhinha para se secar -, mas mesmo assim, não tirou a jaqueta de couro que vestia.
Na seqüência, Breaking, meio balada romântica, meio roqueira, foi a primeira a ser cantada em coro pela plateia, com direto aos efeitos eletrônicos que abrem e fecham a música. Ao final, o vocalista Stephen Christian também soltou um "obrigado" em português, levando os fãs ao delírio.
O Anberlin parecia bem a vontade, apesar do pouco público presente - porém o suficiente para formar um coro de vozes em diversas canções. O palco pequeno só causou problemas para a banda Cine, uma das que abriria o show. Por problemas na montagem das baterias - a banda só aceitaria tocar com a sua própria - o show foi cancelado poucas horas antes de acontecer.
A primeira música do inicio da carreira do Anberlin, que tem 4 discos, só foi tocada após Adelaide, a sexta no repertório. Com Paperthin Hymn, colocaram os fãs para pular e relembraram o segundo disco, Never Take Friendship Personal. Stephen também se empolgou com o público. Ele subiu em uma pequena grade, na frente do palco, para cantar junto dos fãs, que se amontoaram para se aproximar do vocalista.
Um pequeno intervalo para o guitarrista Joseph Milligan e o baixista Deon Rexroat. O set acústico com 2 violões (um deles tocado pelo vocalista Stephen) começou com The Unwinding Cable Car. Cantada em coro desde o inicio, recebeu somente a voz do público no trecho "You're so Brilliant...", o refrão da música. Com os violões, ainda tocaram Inevitable e Hello Alone.
O Anberlin também aproveitou para tocar um dos diversos covers que já gravaram. A escolhida foi True Faith, do New Order. Se por um lado foi a música mais famosa tocada na noite, não fez o efeito desejado no publico, que ficou com cara de interrogação durante boa parte da execução. Stephen até tentou animar puxando palmas, respondidas pelos fãs, mas que mesmo assim não empolgou.
O pique voltou em Dismantle. Repair. Antes de tocar seu maior sucesso, Stephen falou um pouco mais do português que aprendeu nas poucas horas que está no Brasil. "Boa noite, São Paulo", falou, para gritaria geral dos presentes - que apesar de poucos, brigavam por um espaço mais próximo ao palco. O agradecimento foi sucedido de uma troca de guitarras para, The Feel Good Drag, anunciada - porém não cumprida - como última música do show.
O grupo deixou o palco por alguns minutos, sob os gritos do público, que chamou-os de volta. Ao retornar, Stephen, que se mostrava muito empolgado com a vinda do Brasil já em sua entrevista ao Terra, declarou: "essa é uma das melhores noites da minha vida", para enfim, tocar a única música do primeiro disco do grupo. Ready Fuels manteve a alegria dos fãs, que ainda foram presentados com A Day Late.
O público estava completamente ganho. Mais felizes só poderiam ficar caso o show tivesse ultrapassado a burocrática marca de uma hora. Porém nada que cortasse a satisfação dos fãs, satisfeitos em pela primeira vez assistir o Anberlin ao vivo.
Redação Terra
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