RIO - O vocalista Di Ferrero tinha 16 anos quando o NX Zero começou, em 2001, e nem esperava tanto. Mas a banda cresceu muito e, quase uma década e quatro discos depois, o quinteto traz ao Rio uma nova turnê, à altura do status de maior grupo de emocore do país. Nesta sexta, os caras chegam ao Vivo Rio para lançar seu último álbum, "Sete chaves", num show com produção inspirada em apresentações de bandas tipo Jota Quest e O Rappa.
- Estamos há anos viajando o Brasil, tocando em festivais e vendo shows de bandas com mais tempo de estrada e que investem bastante em estrutura de palco até de bastidores. Uma vez entramos no camarim do Jota Quest e vimos a maior produção, com DJ, sofazinho maneiro... Enquanto o nosso parecia um escritório, com aquela luz branca - conta Di Ferrero, rindo. - Aprendemos muito vendo grupos como Paralamas do Sucesso, O Rappa e Skank ao vivo e resolvemos incrementar nossa turnê nova.
No cenário novo, duas fechaduras gigantes exibem clipes projetados em sincronia com o repertório, baseado no álbum novo, mas incluindo também clássicos como "Razões e emoções" e "Cedo ou tarde". Os filmes foram produzidos especialmente para a turnê e apenas durante "Só rezo" é mostrado o clipe oficial, com imagens do Complexo do Alemão e Vigário Geral. Além disso, os integrantes da banda obedecem a marcações de locais no palco ao longo de todo o show, para o qual eles passaram dois meses ensaiando.
- Tem algumas partes de improviso também. Nossa banda amadureceu, mas sem perder a essência de moleque do início. Conseguimos nos expressar muito bem nesse último disco e estamos levando para o palco quem somos hoje - garante Di.
Primeira banda de emocore a estourar no país, o NX Zero foi absoluto nesse universo durante um bom tempo, até que outras ganharam espaço. Hoje, a tribo é grande e inclui nomes como Strike, Hevo 84, Glória e o Fresno, grupo do Rio Grande do Sul que já ameaça tirar dos paulistas a liderança no gênero.
- Foi muito bom ver todas essas bandas aparecendo e algumas delas até tocavam nossas músicas no início da carreira. É legal saber que fomos influência para novos grupos - diz o vocalista do Nx Zero.
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