De repente tudo muda e troca de lugar. Mas, ao contrário da letra do novo hit do NX Zero, a banda deixou a Maré os levar.
Juntos há dez anos, os cantores têm motivos de sobra para comemorar o lançamento do CD Em Comum.
Felizes e orgulhosos com o resultado do novo trabalho, os integrantes do NX Zero conversaram com o R7 sobre o quarto disco da carreira, que chegou às lojas neste mês.
O vocalista Di Ferrero conta que sentiu algo diferente aflorar enquanto escrevia as novas composições do álbum, que é marcado por influências da música brasileira.
— É o começo de algo novo e é legal a música poder acompanhar essa nova fase com a gente!
Caco, Gee, Dani Weskler e Fi Duarte também se mostram seguros e orgulhosos da própria trajetória de sucesso, que eles trilharam em passos firmes e decididos. Em Comum é, sem dúvidas, o disco mais intimista e pessoal da história do NX Zero. O CD, que marca uma nova fase da banda, atraiu um público mais velho.
Na entrevista a seguir, os músicos comentam essas mudanças e contam detalhes sobre o novo trabalho, que mostra que o grupo realmente veio pra ficar entre os grandes. Confira!
R7: O lançamento de Em Comum trouxe à tona o amadurecimento do NX Zero e acabou trazendo um público mais velho, que passou a admirar e reconhecer o trabalho da banda. Vocês sentem que essa transição aconteceu de forma natural?
Di Ferrero: A gente sente que esse amadurecimento aconteceu de um jeito normal. Afinal, a gente cresceu também. Não dá pra negar isso! Passamos por várias coisas. Não temos mais vinte anos como antes. Isso acaba aflorando nas músicas e na bagagem que acumulamos.
Dani Weskler: Já são três anos desde o último disco de inéditas. Foi tempo suficiente pra mudar muita coisa...
Gee: Achamos legal o público mais velho passar a curtir nosso trabalho. Já ouvimos bastante elogios com Maré e até a música Cedo Ou Tarde, que já é velha, acabou caindo no gosto dos fãs que não são tão jovens assim.
Dani Weskler: Antes a galera ficava muito presa e limitada, mas provamos que não somos só uma “banda de moleque”. Acho que o tempo passou e todo mundo foi se dando conta de que as coisas não são bem assim. Elas se permitiram parar e ouvir as nossas músicas!
R7: Na opinião de vocês, nesses dez anos de carreira, o que mais mudou na história da banda?
Dani Weskler: O que mais mudou nesses dez anos de estrada foi a bagagem. Como pessoas, nós continuamos os mesmos. A gente continua se respeitando e passou a acumular uma bagagem musical muito maior.
Gee: O que é mais legal também é que vivemos as fases do NX de acordo com as nossas idades.
Di Ferrero: Outra coisa que mudou bastante foi a estrutura. Antes, era zero! [risos] Agora, temos equipe, assessoria de imprensa, uma galera que é essencial pra nós. E a gente também não para de fazer as coisas, somos independentes, não conseguimos deixar todo mundo fazer tudo por nós.
R7: Quais são as músicas que vocês mais gostam do novo álbum?
Caco: Música é que nem filho, você não tem um preferido! [risos]
Gee: Eu não ia falar, mas a minha favorita é Maré...
Di Ferrero: Difícil escolher, mas acho que Ligação também é outra canção que a gente notou que todo mundo está curtindo bastante.
Dani Weskler: Eu gosto de Espere Um Sinal.
R7: Quais foram as maiores inspirações pra compor as músicas de Em Comum? Como surgiu esse novo CD?
Di Ferrero: Esse disco foi diferente de todos os outros. Nós inventamos coisas e situações. Antes, na hora de escrever uma letra, a gente tinha que buscar algo dentro de nós. Conversávamos muito e de algumas vivências nossas a gente tirava as composições. Dessa vez, criamos coisas! Esse CD teve um desprendimento total, conseguimos falar sobre outros assuntos que a gente ainda nem tinha abordado em outros trabalhos.
Dani Weskler: Foi bem ao estilo Chico Buarque!
Gee Rocha: Concordo com o Dani. Também acho que tem muita coisa relacionada à vida dele [do Chico Buarque]. Acho que esse CD foi mais interior, algo mais intimista e pessoal...
Di Ferrero: Na realidade, o álbum aconteceu de uma forma muito louca. A gente tinha acabado de lançar o DVD comemorativo de 10 anos. Aí, no estúdio, a gente passou a ouvir muito John Mayer, Ben Harper, Norah Jones, John Legend. Também ouvimos muita música brasileira dos anos 80. Coisas que a gente precisava conhecer melhor, pois não eram da nossa época.
Dani Weskler: Escutamos desde Capital Inicial até Legião Urbana e Ultraje a Rigor... Biblioteca básica! [risos]
R7: Com a agenda lotada, como fica a vida pessoal? O que vocês mais sentem falta de fazer, que hoje já não conseguem mais por conta da turnê de shows?
Dani Weskler: Dormir! [risos] Na realidade, são fases, né? Por exemplo, quando você está gravando o disco, por mais que tente sair com os amigos, a cabeça fica 100% naquilo. É muita correria!
Caco: A gente não consegue em nenhum momento se desligar do trabalho, é complicado.
Di Ferrero: Mas acho que melhoramos bastante nesse sentido. Antes era uma ansiedade só! Principalmente quando a gente ia participar de algum programa na televisão. Eu mal conseguia respirar direito... [risos]
Dani Weskler: Isso que o Di falou é verdade. O nervosismo mexia com o nosso psicológico! Às vezes, até rolava um stress entre todos nós, discutíamos por alguma coisa que um não concordava com o outro. O que é normal. Mas, com o tempo, aprendemos: a gente sabe dividir trabalho e amizade.
* Colaborou Thamires Bonaparte, estagiária do R7
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