Di Ferrero é um dos entrevistados da revista “Sexy” de setembro. Em um papo descontraído, o cantor falou sobre a crise que fez a banda mudar o som, se declarou para a noiva Isabelli Fontana e se mostrou a favor da legalização da maconha.
Ferrero também falou do lançamento do novo disco do grupo e admitiu que a banda passou por uma crise.
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“A banda passou por uma espécie de crise existencial musical. Sempre fomos de dar rolê junto, mas estávamos muito distantes. Ou mudava alguma coisa ou cada um ia para o seu canto. Largamos a gravadora (Universal Music), falando que queríamos fazer outra parada. No último disco, o papo era de colocar uma balada para garantir, e aquilo me deixava louco! Era melhor colocar um terno e trabalhar em banco se fosse para ser assim, sabe?”, contou.
“Montamos nosso escritório e fomos a uma casa na praia, em Juquehy (SP), criar o disco. Ficamos um mês. Conversei com o pessoal das antigas tipo Skank, Capital Inicial, e eles: ‘Ah, é a primeira vez que acontece isso? É só a primeira vez. Isso é normal!’. Mostramos o disco para alguns produtores e aí o Rafa Ramos, da Deck, ficou tão empolgado que fomos com ele. É uma oportunidade de os produtores pegarem o NX e fazerem um som sem regras. Ouvimos muita coisa… Motown, música brasileira… A gente era moleque, andava de skate, só ouvia hardcore e música gringa”, falou.
Quando o assunto é a vida pessoal, o cantor reconhece que a agenda profissional corrida acaba influenciando no relacionamento com a noiva, Isabelli Fontana. Os dois estão juntos há quase dois anos.
“É ruim e bom. Não tem rotina. Fico com mó saudade”, afirmou. S
Sobre o noivado muito jovem, Di Ferrero comentou:
“Fiquei um cara assim. Mas antes ficava doente de tanta festa, curti para c*. Aí fiz 28 e começou a me dar umas piras. Eu estava nessa fase do NX de querer fazer outra parada. Aí tiramos os meses de férias, e nessa volta eu estava fazendo o ‘Altas Horas’ e conheci a Isabelli lá. Aí trocamos idéia de música. Na real, você começa a não curtir a facilidade das mulheres, sabe? Não me achando, mas tem mulher que vai para o show, fica no camarim…”.
Sobre a relação com as drogas, o vocalista do NX Zero disse ficar atento.
“É muito fácil, né, cara? Todo mundo tem família, tipo, minha mãe sabe tudo o que eu faço, e ela é ‘seventy’s, peace and love’. Desde o começo eles tiveram essa preocupação, mas todo mundo estava ligado. A gente cuidava um do outro”, falou.
“A gente vai até um ponto, e todo mundo já passou, mas não foi todo mundo junto. Sempre teve um que chegou e falou. E todo mundo sempre se ouviu. A gente via outras bandas que a gente curtia tretarem por causa de droga. O cara não fazia o show direito, outras paradas. Todo mundo quer te agradar, desde o cara que contrata o show levando ‘as puta’ no hotel, que te oferecem Deus e o mundo, mas você está ligado… A gente pira ficar no quarto, levar uma viola, ficar na nossa vibe de Jah, ouvindo reaggae music até o talo”, pontuou.
Sobre a legalização das drogas, ele disse ser a favor da maconha, mas tem suas reservas.
“Sou a favor da legalização da maconha, mas tenho medo. No nosso país é muito difícil as coisas darem certo. Eu entendo, o país é muito grande, mas não justifica o que a gente vive. Gastar 300 paus no supermercado numa compra que você fazia pela metade há um ano, comprar um apartamento e ter o pior sócio do mundo, que é a Dilma. Ou quem precisa usar o SUS. ‘Mermão’, só de eu não ter que depender do governo, não tenho do que reclamar. Tem tanta coisa para a gente arrumar antes… Mas é questão de tempo. Vou até procurar uma fazenda para investir, porque isso vai dar muito dinheiro”, contou.
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