Esta última banda era uma das atrações mais esperadas da noite, graças à presença do vocalista Fiuk – o atual grande galã das adolescentes, posição garantida pela atuação paralela em televisão, no seriado Malhação ID, e no cinema, no filme As Melhores Coisas do Mundo. Mas a vibração da plateia foi intensa desde o início da festa, ainda sob a luz do dia, no sábado, quando o cantor Neto Fagundes interpretou o Hino Rio-Grandense e o vocalista do Reação em Cadeia, Jonathan Correa, cantou o tema do festival.
A partir da atração seguinte, a banda gaúcha doyoulike?, o público cumpriu o ritual dos grandes festivais: fez coro nos versos das canções mais conhecidas e pulou para acompanhar a batida. A doyoulike? abriu os trabalhos em ritmo de rock acelerado, com direito a um cover de Lady GaGa antes do hit Bom Dia. Em seguida, o regueiro Armandinho ofereceu uma nova cadência ao festival, mais suingada, com suas canções melódicas inspiradas no reggae jamaicano. Depois, o rock voltou a dominar os amplificadores.
Ao longo da noite, Strike, Fresno, Charlie Brown Jr. e NX Zero protagonizaram shows de alta energia de palco e pista. O público não se inflamou tanto com a performance dos Raimundos, uma das mais pesadas da noite. Mas a performance serviu para reafirmar a volta da banda aos holofotes e para encerrar, ao menos publicamente, a polêmica entre o vocalista convidado Tico Santa Cruz e o cantor do NX Zero, Di Ferrero – no início da semana, eles haviam se desentendido via Twitter, mas no Atlântida Festival cantaram juntos um dos maiores sucessos da banda, Eu Quero Ver o Oco.
O volume dos gritos das gurias da plateia subiu muito quando, já às 3h de ontem, o Hori entrou em cena para seu primeiro show em Porto Alegre. Embora o público não conhecesse todos os versos de todas as canções, a histeria foi grande e, basicamente, direcionada ao vocalista Fiuk. Mas ele e seus quatro companheiros atuaram o tempo todo juntos, trocando de instrumentos e mostrando hits como Quem eu Sou e Segredo – e o humilde Fiuk chegou a se ajoelhar para agradecer pelo carinho das fãs.
Parte da plateia se dispersou quando o Hori foi embora, mas a maioria ficou para pular junto com os Detonautas no último show da jornada. Com hits como Quando o Sol se For e O Dia que Não Terminou, a banda de Tico Santa Cruz ainda releu Blitz e deixou uma mensagem séria:
– Volte vivo para a casa e respeite a vida alheia – pediu Tico, elogiando o público. – A madrugada é para os fortes.
Fiuk na bateria
Na hora de tocar a música Medos, Sonhos e Coragem, o Hori promoveu uma dança das cadeiras: o vocalista Fiuk foi para a bateria, o baterista Xande pegou o baixo, o baixista Fê agarrou uma guitarra, e o guitarrista Renan assumiu os vocais – só o outro guitarrista, Max, manteve seu posto. E ninguém fez feio.
– A gente sabe tocar guitarra e baixo, o Fiuk toca vários instrumentos. É legal explorar isso – explicou Fê depois do show.
Antes, no camarim, a banda manteve o bom humor ao comentar a estreia recente do filme As Melhores Coisas do Mundo, com Fiuk no elenco.
– Foi bacana ir ao cinema e ver esse magrelinho. Mandou muito bem – disse Renan.
– Eles mentem bem pra caramba – brincou Fiuk.
– A gente ensaiou com ele as cenas de beijo – emendou o baterista Xande, para risos gerais.
Pique de reggae
Em votação no site da Rádio Atlântida, a apresentação de Armandinho foi eleita a mais aguardada. O cantor justificou a expectativa com hits como Ursinho de Dormir, Pescador, Outra Vida e Amor de Primavera. E ainda chamou ao palco os catarinenses do Nego Joe para tocar o sucesso Um Ser Só.
Mão dupla
O público cantou, pulou, gritou e vibrou muito durante o Atlântida Festival. A reação emocionou muitos artistas, dos jovens como Lucas, da Fresno, até veteranos como Chorão, que explicou que palavrões são só uma forma de expressão antes de declarar: – Eu amo vocês, seus p* do c*!
Jovens veteranos
Diante do sucesso de grupos novos como Hori e doyoulike?, bandas como Fresno (acima, Lucas e Gustavo) e NX Zero estiveram no Atlântida Festival com status de artistas consagrados.
– Outro dia, tocamos em um festival em Santo André e éramos os mais velhos – constatou o guitarrista Gustavo.
Canja entre amigos
Em dois momentos o encontro de gerações se materializou no palco. Um foi na canja do guitarrista Digão, dos Raimundos, tocando Mulher de Fases com o Strike (acima). Outro se deu quando Di, do NX Zero, dividiu com o Hori I’m Yours, de Jason Mraz.
– O NX é total referência para nós – confessou o vocalista Fiuk, da Hori.
ZERO HORA
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