sexta-feira, 21 de agosto de 2015

[FOTOS+VÍDEOS]Nx Zero é a capa oficial do "Jornal Destak"



Os meninos foram  diretores por um dia do Jornal Destak, falaram sobre sua trajetória das gravações de “Norte”, o novo disco, até os projetos que cada um tem tocado paralelamente à vida na banda.


 Antes de “Norte”, vocês lançaram o EP “Estamos no Começo de Algo Muito Bom, Não Precisa Ter Nome Não” No novo disco, conseguiram dar continuidade a isso?
 Fomos para a praia (em Juqueí, no litoral norte de São Paulo) já pensando em gravar esse disco lá. Estávamos atrás de um processo novo. A gente precisava se juntar, fortalecer essa ligação como banda. Então fizemos uns testes gravando ao vivo. : Daí, tínhamos umas músicas legais, mas não o suficiente para o disco. Já percebíamos que “Meu Bem”, primeira música que gravamos, tinha algo diferente das anteriores. Quando mostramos as canções para produtores, na volta a São Paulo, sugeriram que nós pegássemos a música e fizéssemos algo a partir dela, e com as outras, fizemos um EP, para ter material. Esse foi o começo de algo diferente. : Quando tocamos as músicas novas, estranharam. Mas curtimos. A gente estava precisando se encontrar, musicalmente falando. Trabalhamos com pessoas que entenderam onde a gente estava. Tínhamos saído de uma gravadora e trocado de empresário por opção. Fomos achando caminhos. O EP e o disco representam a fase em que conseguimos fazer algo que todo mundo gosta de novo. Resgatamos um êxtase. : A gente estava fazendo música no automático. Foi importante tentar quebrar isso. : Era uma coisa de realização nossa mesmo, de nos desafiarmos, de querermos nos renovar e nos desenvolver.

Então a mudança de estilo foi proposital?
 Não foi bem uma mudança de estilo. Nós tínhamos influências que, na hora de compor, não se refletiam nas músicas do jeito que a gente queria. : Estarmos juntos em sintonia foi muito importante para isso. Antes, a gente ouvia coisas que nos empolgavam, mas pensávamos “é, isso aqui não serve pro NX”. Mas tudo o que a gente fizer serve pro NX. A gente é o NX! Vocês estão há quase 10 anos com a mesma formação.

Essas mudanças são fundamentais para que vocês continuem juntos?
 Sim. A gente estava num momento meio azedo. A banda não ia acabar, mas estava cada um trabalhando em seu projeto paralelo, que já era mais importante que a banda. : Mas bastou um momento de frieza, de analisar a situação, para que a gente tomasse essas atitudes. Hoje estamos mais que satisfeitos com a banda. A gente começa a ensaiar e saem músicas novas espontaneamente. : Antes, a gente estava muito em um esquema cada um por si, muito mais numa coisa bem individual. Esse disco novo, “Norte”, funcionou de forma democrática. Eu chegava e mostrava para eles uma letra que tinha escrito, e a gente ficava discutindo por horas, por exemplo.

Quais são esses projetos paralelos? 
 Eu estou produzindo uma banda junto com o antigo empresário do NX, a D’Naipes. : Eu faço uns workshops e tenho intenção de lançar uma marca de bateria. : Eu tenho um estúdio, gravo umas coisas, e estou traba-lhando como empresário do cantor e compositor Ivo Mozart. : Eu e alguns amigos lançamos o Fleeber, que é um aplicativo que ajuda músicos e entusiastas de música em geral a acharem bandas para tocar. Ainda estamos no começo, mas já temos mais de 20 mil usuários.

 Isso de vocês criarem coisas novas no ensaio muda alguma coisa nos shows?
Muita coisa do que acontece no show, acontece lá mesmo. Às vezes, a gente vai acabar uma música, vê que o Daniel errou na bateria, olha um pro outro e já emenda outra, e acontece. É muito espontâneo. : Antes, a gente cumpria show de 1h15 e saía, agora a gente fica 1h40 e quer continuar tocando. Escolher o set list era tarefa difícil. Agora, tocamos o “Norte” todo e o resto vai se encaixando.
Vocês tocam o novo disco na íntegra?
Sim, todo. Mesclado no set, entre as outras músicas. : Os fãs estavam tão ansiosos por novidades que eles nos pedem pra tocar as novas, querem ver elas ao vivo. : Esse disco nos abriu portas para um tipo diferente de público. A gente pensou nele como uma obra. Não pensamos em singles. Daí a galera começa a curtir, as pessoas começam a aparecer e a gente se sente seguro para tocar essas músicas novas. : A gente se envolveu muito, mas não teve pressa. Aprendemos que a convivência e a troca de ideias é tão importante quanto a execução. Ficamos muito mais imersos naquilo.

 Di, você chegou a ser abordado para seguir carreira solo?
 Fui, sim, muito, de uns 4, 5 anos pra cá, principalmente. Mas sempre tive propostas, desde o começo da banda. Principalmente quando estávamos meio mal entre a gente. Sempre tocamos muito nas rádios, na TV, mas sucesso é relativo. Você pode estar muito bem na mídia, mas não consigo mesmo. Muitas bandas surgiram da mesma leva que vocês, mas vocês continuaram, enquanto várias outras sumiram.

Por que vocês acham que isso aconteceu?
 Ah, aquelas bandas eram muito ruins, tinham que melhorar [risos]. Brincadeira. Muitas daquelas bandas ainda fazem parte do cenário de hoje. O Forfun, por exemplo. : São bandas que aprenderam a trabalhar no independente antes de ter mais abertura. Depois que passou a febre da mídia, a galera se organizou e tocou o barco, e aí você via quem conseguia se virar e quem não. Quando você tem 17, 18 anos, você tem umas prioridades. Depois de uns anos, isso muda. Você tem que pagar as contas, e às vezes a banda não dá conta disso. É muito individual. Mas tem várias bandas daquela época que continuam por aí, como Dead Fish e Fresno. : No começo, quando a gente ia pro Rio ou Porto Alegre tocar com Forfun e Fresno, sempre rolava uma ajuda com instrumentos, equipamentos. Eram nossos parceiros de buraco. : E também tem essa nova geração de bandas que está rolando bem, o Far From Alaska, o Vespas [Mandarinas].

 O que vocês acham que mudou na cena do rock nacional, desde quando começaram até hoje? 
Ela se segregou muito. O rock se segregou muito. Eu falo de rock, hoje em dia, e posso estar falando de Pink Floyd ou de Los Hermanos. Até os festivais são muito variados. Na nossa época, eram só aquelas bandinhas de hardcore melódico. : Era mais fechado ali na MTV, também. Agora está mais disperso. Parece que é mais difícil de achar as bandas.

 O que vocês acham dos serviços de streaming, como Spotify? Vale a pena para vocês, como uma banda?
Somos super entusiastas, como usuários. Gee: Enriqueceu muito o nosso vocabulário de música. : Queira ou não, o mp3 tem mais qualidade do que a música pirateada. É mais confiável. Acho que está valorizando a música. Não tem como reclamar disso. Quando a gente começou, já não estávamos mais na era do CD. A gente costumava ficar em primeiro lugar nesses sites de baixar música, e isso facilitava a venda de shows, que era feita pelo Dani, ou melhor, ele atendia e dizia que era nosso empresário “Ferdinando”. : Eu fazia uma voz mais grossa e falava com os caras. Vendi vários shows. Quando chegávamos lá, perguntavam dele e eu dizia que estava doente (risos).

Vocês já tiveram a pretensão de ir atrás de uma carreira internacional?
 A gente já pensou seriamente em fazer, porque eu falo espanhol, morei na Argentina e temos algum público em países da América Latina. Mas nós precisaríamos parar de fazer as coisas aqui e nos dedicar muito a isso. Não vejo por que não, mas talvez no futuro.

 Vocês preferem fazer show solo ou em festival?
 São duas coisas bem diferentes. O show é longo. Em festival, é um resumão do setlist. : A sensação de tocar em um festival é a de disputar um campeonato. Você vê aquela galera que não te conhece muito, e tem que se provar pra eles. : Quando a gente tocou no Rock in Rio, antes do Red Hot Chilli Peppers, a galera até vaiou no começo, mas acabou se soltando e o show foi demais
.
Qual é o próximo passo que o NX Zero vai dar?
A preocupação, agora, é fazer a turnê, levar esse disco para o Brasil inteiro. É tocar o máximo possível. : É um momento importante, que a gente tem que aproveitar porque muita gente tem ido aos shows, e são pessoas diferentes das que costumávamos ver.

O Nx Zero já está aqui no jornal Destak preparando tudo para a edição de amanhã com a editora-chefe Beatriz Salim
Posted by Jornal Destak Brasil on Quarta, 19 de agosto de 2015

Fiquem ligados que semana que vem teremos a cobertura completa do Nx Zero Diretores por um dia
Posted by Jornal Destak Brasil on Sexta, 21 de agosto de 2015

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